Por Floresta News
Publicado em 23 de outubro de 2024 às 08:45H
Unidade do governo do Pará disponibiliza orientações sobre primeiros socorros aos pais, para prevenir e diminuir casos de engasgo infantil
“Casos de engasgo e broncoaspiração em crianças podem levar a complicações graves”, alerta Salime Saraty, coordenadora da cirurgia pediátrica do Hospital Regional Dr. Abelardo Santos (HRAS), localizado no Distrito de Icoaraci, em Belém. Conforme a médica, até setembro deste ano, a unidade registrou 166 ocorrências do tipo, sendo que, desse total, 84% das vítimas tinham menos de 6 anos.
Durante o ano de 2023, o maior hospital público do Estado, referência no atendimento infantil, registrou 246 casos de engasgamento em crianças, média de 20 por mês. Esses números correspondem a um caso por dia, exceto nos fins de semana. Ainda segundo a especialista, os mais jovens são especialmente vulneráveis, pois estão em fase de descoberta de alimentos e objetos, muitas vezes levando-os à boca.
Foto: Divulgação
Salime destaca que os objetos mais comuns em casos de engasgamento são moedas, chaves, pregos, baterias de relógio e pilhas. Ela lembra que certos alimentos, como uvas, pipoca, balas duras e pedaços de carne, além de pequenos brinquedos, podem causar esse tipo de acidente. “Todos esses objetos extraídos das crianças colocamos em um cofre que usamos depois para orientações”, disse.
Assim que o paciente chega ao hospital, ele passa por uma série de exames de imagem para localizar e identificar o tipo do objeto ingerido. A extração acontece por dois métodos: o processo endoscópico, utilizado em casos mais simples, e a cirurgia, necessária em casos mais graves que podem evoluir a óbito, como a ingestão de baterias e pilhas, além itens perfurocortantes, como pregos ou agulhas.
Foto: Divulgação
“O engasgo ocorre rapidamente e, sem intervenção imediata, pode evoluir ainda para broncoaspiração, levando alimentos ou objetos aos pulmões, o que pode ser fatal”, acrescenta Salime Saraty. Portanto, a médica reforça que pais, responsáveis e profissionais da educação precisam estar preparados para lidar com essas situações, realizando manobras de primeiros socorros quando necessário.
Imagens: Divulgação
Com as informações de Diego Monteiro (HRAS)
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