Por Floresta News
Publicado em 18 de novembro de 2024 às 03:42H
Menina de 6 anos, diagnosticada com pneumonia, foi a primeira usuária da unidade de saúde do governo do Estado a passar pelo procedimento videotoracoscopia
O Hospital Regional Público da Transamazônica (HRPT), no município de Altamira, que integra a rede de saúde pública estadual no oeste paraense, realizou pela primeira vez o procedimento decorticação pulmonar por meio de videotoracoscopia. Antes, esse tipo de cirurgia só havia sido feito de forma convencional.
Karla Gabrielle, 6 anos, moradora do município de Brasil Novo, na mesma região, a mais de 40 quilômetros de Altamira, foi a primeira paciente a passar pelo procedimento no HRPT. A menina apresentava desconforto respiratório, febre e sinais de infecção generalizada, e foi diagnosticada com pneumonia. Ela chegou a passar por atendimento em uma unidade de saúde em Brasil Novo, mas precisou ser transferida para o Hospital Regional.O método menos invasivo evita infecções hospitalares e permite uma recuperação mais rápida dos pacientesFoto: Divulgação
Segundo Alfredo Abud, cirurgião pediátrico, o quadro de saúde da paciente era considerado “complicado”. A cirurgia ocorreu devido a um encarceramento pulmonar, que é a formação de um tecido fibroso, o qual dificulta a expansão do pulmão por causa da infecção gerada por secreções.
Médico Alfredo Abud fez a cirurgia no Hospital da TransamazônicaFoto: Divulgação
“Foi realizada inicialmente a drenagem de tórax do lado direito, para retirada da secreção purulenta na pleura, e uso de antibióticos injetáveis. A criança apresentou melhora após as medidas iniciais, porém o pulmão direito ficou colapsado. Não conseguia expandir por conta do processo infeccioso”, explicou o médico responsável pela cirurgia.
Tranquilidade – A paciente ficará em recuperação na unidade, sob os cuidados de médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, nutricionistas e outros profissionais.
“Eu fiquei desesperada no início porque, em casa, a minha filha gritava de dor, sentia dificuldade para respirar, e graças a Deus ela já foi operada e está bem. Agradeço a todos que estão cuidando dela. Também fico mais tranquila porque a gente não precisou se deslocar pra uma cidade longe. Quero que a minha filha se recupere logo pra gente ir para casa”, disse Vitória Cruz, mãe de Karla.
De acordo com Yara Gomes, coordenadora de Enfermagem do Centro Cirúrgico, a equipe se empenhou no procedimento inédito. “A nossa maior preocupação é garantir as cirurgias seguras aos nossos usuários. Tanto que a meta 4 é considerada uma das metas internacionais de segurança do paciente, regra estabelecida pela Organização Mundial de Saúde (OMS). A equipe de Enfermagem sempre participa dos treinamentos com o apoio do Núcleo de Qualidade e Núcleo de Educação Permanente. Isso, com certeza, melhora a eficiência dos colaboradores e, consequentemente, na organização e aplicação dos processos criteriosos do Centro Cirúrgico”, explicou a coordenadora.
(Agência Pará)
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