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Esclerose Múltipla: Hospital Ophir loyola destaca importância do diagnóstico precoce e tratamento adequado

Por Floresta News
Publicado em 02 de setembro de 2024 às 11:43H

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Sinais e sintomas são investigados com base na história clínica do paciente, exame físicos e de imagem

Perda de visão e falta de equilíbrio, esses foram os primeiros sintomas que acenderam o sinal de alerta da advogada Jennifer Almeida, 31 anos, para a Esclerose Múltipla (EM), uma doença autoimune, crônica, desmielinizante que afeta o sistema nervoso central e provoca lesões cerebrais e medulares. Mas, conforme a advogada, diversos sintomas que surgiram anteriormente, foram diagnosticados e tratados como se fossem de outras doenças.

Assim como boa parte dos pacientes, Jennifer recebeu um diagnóstico errado, circunstância que impossibilita a implementação de medidas terapêuticas adequadas. “Hoje tenho conhecimento de que muitos sintomas preliminares foram diagnosticados de forma incorreta. Em 2019, o fato de ter perdido a visão me preocupou significativamente, então um oftalmologista suspeitou que a causa estaria relacionada à área neurológica e me encaminhou para o neurologista. Mas fui diagnosticada com neurite óptica, que é um dos sintomas iniciais da esclerose múltipla evidente”, contou a advogada que não desistiu e buscou investigar a fundo, apesar da médica não acreditar ser EM.

Somente quando descobriu o Centro de Referência no Tratamento de Esclerose Múltipla do Hospital Ophir Loyola (HOL), foi diagnosticada em 10 de agosto de 2020 e assistida. “A doença é progressiva e incapacitante, uma das maiores lutas dos pacientes é tentar não sofrer com nenhuma incapacidade que diminua a qualidade de vida ou que traga complicações mais severas. Inevitavelmente, com o passar do tempo temos limitações”, contou Jennifer.

Jennifer Almeida

Jennifer AlmeidaFoto: Leila Cruz- Ascom HOLA cada três meses, Jennifer passa por consultas com os médicos do Centro que avaliam se o tratamento está surtindo efeito. Ela também faz uso de medicação monitorada pelos técnicos do hospital. “Adaptações são feitas com a ajuda do médico, pois, às vezes, precisamos de medicamentos para continuarmos com as funcionalidades do dia a dia ou com a capacidade para exercer a nossa profissão laboral”, afirmou a paciente.

A EM afeta 2,8 milhões de pessoas em todo o planeta, segundo o Ministério da Saúde (MS). A Associação Brasileira de Esclerose Múltipla (ABEM) estima que cerca de 40 mil brasileiros convivem com a doença. Em Belém, cerca de 600 pacientes são acompanhados com doenças desmielinizantes, das quais 200 recebem atendimento para esclerose múltipla. A faixa etária mais acometida é entre 20 a 40 anos, mas também pode acometer crianças e idosos.

Conforme o neurologista Lucas Freitas, o Centro de Referência do HOL oferta atendimento tanto na fase aguda quanto na investigação. “O tratamento é realizado com drogas à base de corticoides na fase de surto e drogas de controle, fornecidas pelo Ministério da Saúde. Além das consultas e do acompanhamento neurológico, oferta consultas com fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, psicólogos e serviços de diagnóstico com imagens e laboratório”.

Apesar de não existir tratamento curativo, a intervenção terapêutica ajuda a melhorar e a controlar a doença, tanto as pioras súbitas chamadas de surto como a progressão ao longo do tempo. “As medicações de uso contínuo são preventivas e modificadoras de doenças ou medicações prescritas durante os surtos da doença com indicação de uma dose alta de corticoide, ou de imunoglobulina humana. Quando o tratamento ocorre no início dos sintomas, aumenta as chances de estabilizar a doença e do paciente viver uma vida normal ou o mais próximo do normal possível”, esclareceu Freitas.

O diagnóstico é feito baseado na história clínica do paciente, exame físico mais exames de imagem, normalmente a ressonância de todo o eixo do crânio e coluna, além de exames laboratoriais para diagnosticar as causas que podem ser semelhantes. Em alguns casos, é realizada a análise do liquor, que é o líquido que circula na coluna vertebral e pode ajudar os especialistas a fechar o diagnóstico ao confirmar um processo inflamatório no sistema nervoso.

(Agência Pará)

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