Do Marajó para os EUA: estudantes estaduais representam o Pará em conferência internacional sobre transformação social

Os estudantes da Escola Estadual Stella Maris, em Soure, criaram um aplicativo direcionado a crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA)

Quatro estudantes e um professor da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Stella Maris, em Soure, município da ilha do Marajó, viajam para Boston, nos Estados Unidos, na próxima quarta-feira (9), para representar a região Norte na “Brazil Conference at Harvard & MIT”. O evento internacional reúne, nos dias 12 e 13 de abril, cientistas, tecnólogos, empreendedores, artistas, líderes comunitários e profissionais da rede pública, cujas iniciativas promovem o desenvolvimento sustentável, a inclusão social e a inovação. 

“É sempre muito gratificante acompanhar as conquistas dos nossos estudantes e profissionais da educação. O projeto da Escola Estadual Stella Maris é fruto de muita dedicação, criatividade e de um olhar sensível a partir de uma leitura de necessidades reais do cotidiano. É por uma educação que permite o desenvolvimento de habilidades que podem ser aplicadas na vida real, e que potencialize o projeto de vida dos nossos estudantes, que trabalhamos. Parabéns aos estudantes, ao professor Fernando Santos e à toda equipe da escola”, disse Rossieli Soares, secretário de Estado de Educação do Pará. 

Os estudantes estaduais foram selecionados para a conferência após vencerem o “Desafio Tack”, uma competição cultural e empreendedora para alunos do Ensino Médio de escolas públicas. Sob orientação do professor de Língua Portuguesa, José Fernando Santos, os estudantes da equipe “Nortack” desenvolveram um aplicativo direcionado às crianças, de 5 a 12 anos, com Transtorno do Espectro Autista (TEA), o “MY TEA”.

“É uma honra estar representando a região Norte. A gente participou das etapas regional e nacional e superamos todas as duas com perseverança. Nosso objetivo com o aplicativo é oferecer um ambiente interativo e inclusivo para o desenvolvimento das crianças com autismo”, afirmou a estudante Ana Beatriz Saldanha, da 2ª série do Ensino Médio, da escola Stella Maris.

Dentro do aplicativo existem diversas funções, como jogos para desenvolver a fala, um gestor de rotinas, um sistema de facilitação ao acesso de profissionais especializados, como psicólogos, fonoaudiólogos, cabeleireiros e outros. “O app também conta com jogos de interação visual e tátil, músicas, historinhas e atividades que estimulam o aprendizado das crianças. Ao final de cada jogo, as crianças ganham moedinhas que podem ser trocadas por itens de personalização, como roupas para o avatar ou ajuste no design do aplicativo, tornando a experiência ainda mais envolvente”, frisou a estudante Ana Beatriz.

Outro destaque do MY TEA é o gestor de rotina, onde os pais podem configurar tarefas diárias para os filhos. Cada tarefa cumprida resulta em mais moedas, o que incentiva que as crianças cumpram suas responsabilidades com prazer.

(SEDUC)