Por Floresta News
Publicado em 31 de outubro de 2024 às 02:00H
Políticas ambientais e de iniciativas voltadas à sustentabilidade são essenciais para a imagem do setor e a abertura de novos mercados
Durante o evento “Vozes do Agro 2024”, realizado nesta terça-feira (29) em São Paulo (SP), o secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará, Raul Protázio Romão, destacou os avanços e desafios da agenda verde no setor agropecuário do Brasil. Em sua fala para cerca de 100 lideranças do agronegócio, Protázio ressaltou a importância de políticas ambientais e de iniciativas voltadas à sustentabilidade como essenciais para a imagem do setor e a abertura de novos mercados.
Convidado para o painel “Agenda Verde e o que o Agro Levará para a COP30”, o titular da Semas abordou as ações do governo do Pará para reduzir o desmatamento, o fortalecimento do Cadastro Ambiental Rural (CAR) e a implementação de sistemas de rastreabilidade da carne bovina. Ele sublinhou a necessidade de um engajamento ativo dos produtores para promover uma pecuária sustentável e economicamente vantajosa, o que, segundo o secretário, pode consolidar a posição do agronegócio brasileiro como responsável e competitivo globalmente.
“O Pará tem enfrentado desafios importantes na agenda verde e temos avançado na validação do CAR e em medidas para rastrear a cadeia da carne. Isso é fundamental para abrir portas para novos mercados e proteger os próprios produtores de pressões externas que associam o agronegócio ao desmatamento e à especulação imobiliária”, declarou o secretário.
Foto: Ascom SemasNo evento, promovido pelo jornal O Globo, Globo Rural, Valor Econômico e CBN, Protázio também comentou a importância da COP30, que será sediada em Belém, como uma oportunidade para o Brasil expor suas políticas e propostas ambientais. Ele ressaltou que o evento é uma plataforma global para o diálogo entre líderes governamentais, sociedade civil e setor privado. “Enquanto negociadores globais discutem um consenso para a crise climática, a COP oferece uma chance ao setor privado e aos produtores de reforçarem seu compromisso com uma agenda sustentável”, afirmou.
Protázio destacou que a imagem do agronegócio brasileiro no exterior ainda é marcada por percepções negativas, frequentemente associadas ao desmatamento ilegal na Amazônia e que a falta de um fechamento eficaz da fronteira agrícola permite a incorporação ilegal de novas áreas produtivas na Amazônia, elevando o desmatamento e agravando a crise climática, o que, segundo ele, “é um prejuízo para todos, afetando desde o valor das terras até o microclima no Sul e Centro-Oeste do país, que dependem das chuvas originadas na floresta amazônica.”
Texto: Igor Nascimento (SEMAS)
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