Multidão lota a Avenida Paulista em ato por anistia aos condenados do 8 de janeiro; Bolsonaro critica STF e fala em perseguição

Milhares de manifestantes tomaram a Avenida Paulista, em São Paulo, no domingo (6), em um ato pela anistia dos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro de 2023, quando as sedes dos Três Poderes, em Brasília, foram invadidas e depredadas. O evento contou com a presença do ex-presidente Jair Bolsonaro, que discursou em cima de um carro de som ao lado de aliados políticos e figuras religiosas.

Com palavras de ordem como “anistia, já!”, o ato ganhou tom emocional e político. Bolsonaro reforçou críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF), acusando o ministro Alexandre de Moraes de abusar do poder ao condenar pessoas comuns, como uma cabeleireira, um pipoqueiro e um vendedor de sorvetes. O ex-presidente também acusou Moraes de usar aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) para fins particulares.

“O golpe deles só não foi perfeito porque eu saí do Brasil em dezembro de 2022. Se eu ficasse, estaria preso ou até assassinado por quem colocou esse vagabundo na presidência”, afirmou, em referência ao presidente Lula. Bolsonaro voltou a dizer que é vítima de perseguição política e que sua inelegibilidade representa um atentado à democracia.

Ao lado do marido, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro também discursou. Em um gesto simbólico, usou um batom para homenagear uma cabeleireira condenada pelo STF, que ela chamou de “símbolo da luta pelo Brasil”. Michelle fez um apelo direto ao ministro Luiz Fux, que recentemente sinalizou a possibilidade de revisão das sentenças. “Mães não podem continuar presas. Teremos dias melhores no Brasil”, disse.

O evento contou com a presença de sete governadores, entre eles Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) e Ronaldo Caiado (União-GO), além da vice-governadora do Distrito Federal e do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB). 

(Floresta News)