Por Floresta News
Publicado em 04 de novembro de 2024 às 10:57H
Na última semana, nossa equipe conversou com Elisia Andrade, Coordenadora da Base Descentralizada do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), sobre um assunto delicado e de extrema importância para pais e responsáveis: o procedimento de desengasgo em crianças. Em uma entrevista esclarecedora, Elisia ressaltou a necessidade de agir com calma e precisão nesses momentos de emergência, oferecendo orientações cruciais para situações que podem salvar vidas.
Elisia explicou que, em casos de engasgo, o primeiro passo é verificar se a criança realmente está com obstrução nas vias aéreas. “Uma das indicações de engasgo é quando a criança não consegue chorar, tossir ou emitir sons. Nesses momentos, o tempo é essencial, e é necessário agir com rapidez”, destacou a coordenadora.
No caso de bebês de até um ano, Elisia orienta sobre a manobra de desengasgo: “A criança deve ser posicionada de bruços sobre o braço do socorrista, com a cabeça ligeiramente inclinada para baixo. Em seguida, realiza-se cinco golpes firmes nas costas, na região entre as escápulas, com o objetivo de desobstruir as vias aéreas.” Se não houver sucesso, o socorrista deve repetir o procedimento e, ao mesmo tempo, buscar ajuda médica o mais rápido possível.
Para crianças maiores de um ano, a recomendação é a manobra de Heimlich, onde o socorrista se posiciona atrás da criança, envolve o abdômen e realiza compressões para que o objeto seja expelido. “É essencial que pais e cuidadores aprendam essas técnicas, pois elas fazem toda a diferença enquanto o atendimento especializado do SAMU não chega”, reforçou Elisia.
A coordenadora também ressaltou a importância de manter a calma e de jamais tentar métodos improvisados, que podem agravar a situação. Segundo ela, o SAMU oferece apoio 24 horas, e qualquer emergência deve ser acionada pelo número 192.
Reportagem: Paco Martins
Imagens: Pedro Jr / Sistema Floresta
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