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Tucuruí, 30 de December de 2024
Sistema Floresta

No Dia Mundial do Coração, cardiologista da Poli Metropolitana alerta sobre as doenças cardiovasculares 

Por Floresta News
Publicado em 30 de setembro de 2024 às 01:42H

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Em um ano, Policlínica Metropolitana realiza mais de 40 mil atendimentos cardiológicos

Criada estrategicamente para ser uma Central de Diagnóstico de média complexidade, a Policlínica Metropolitana do Pará, em Belém, é uma referência nos serviços cardiológicos dos paraenses. Por mês, o espaço garante quase 5 mil exames na especialidade, além de 3,5 mil consultas. De julho de 2023 a julho de 2024, a Poli realizou 40.634 serviços gratuitos à população oferecido pelo Governo do Pará, através da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa).

Conforme a alta procura, a cardiologia é um dos carros-chefes dos serviços na unidade. As doenças do coração são tão recorrentes que estão entre as principais causas de morte no Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde. Elas são responsáveis por 30% dos óbitos no país, o que corresponde a 400 mil mortes por ano. Celebrado no dia 29 de setembro, o Dia Mundial do Coração, é uma data de alerta global sobre o problema. O coordenador de cardiologia da Poli Metropolitana, Felipe Pacheco, observa que essas patologias podem estar relacionadas ao estilo de vida e também, por uma predisposição genética.

“Se você tem um histórico familiar de problemas cardiovasculares, é importante estar ciente dos riscos. Mesmo adotando hábitos saudáveis, como alimentação balanceada e exercícios físicos regulares, a herança genética pode desempenhar um papel significativo”, disse. O profissional aponta as principais doenças.

“As principais genéticas são as Síndromes Arrítmicas, como distúrbios do ritmo cardíaco que podem ser transmitidos geneticamente; a Miocardiopatias, que afetam a estrutura do músculo cardíaco e podem ter origem genética; a Arteriopatias, condições que afetam as artérias, como a aterosclerose, também podem ter componentes hereditários”, destacou Felipe.

O cardiologista também aponta as Distrofias Musculares, que são algumas formas de distrofia muscular que podem impactar o coração, a Hipercolesterolemia Familiar, que trata-se do colesterol alto, que muitas vezes é herdado. “Embora algumas dessas doenças não sejam tão frequentes, elas têm um alto grau de mortalidade em todas as faixas etárias. Além da morte súbita, podem causar insuficiência cardíaca, fibrilação atrial e problemas tromboembólicos”, alertou o especialista.  

A melhor maneira de detectar doenças cardíacas hereditárias é por meio de testes genéticos. “Esses testes podem ser realizados mesmo em pacientes pré-sintomáticos, após aconselhamento genético e solicitação médica. Os exames como o Painel NGS para arritmias hereditárias e outros podem identificar mutações genéticas associadas a essas condições”, acrescentou o médico.

Prevenção

Para prevenir essas doenças, a população deve manter um estilo de vida saudável e monitorar constantemente a saúde, com o controle da pressão arterial, por exemplo. “A hipertensão (pressão arterial alta) é um fator de risco significativo para doenças cardíacas. Por isso é necessário monitorar regularmente e seguir as orientações do médico. É necessário reduzir o consumo de sal e manter um peso saudável, além da alimentação balanceada, optando por uma dieta rica em frutas, vegetais, grãos integrais e proteínas magras”, disse Felipe.

O médico também alerta quanto evitar o consumo de gorduras saturadas e trans e o excesso de açúcar. “Consuma peixes ricos em ômega-3, como salmão e sardinha. Além de atividades físicas regularmente. Exercite-se pelo menos 150 minutos por semana e  escolha atividades que elevem a frequência cardíaca, como caminhada, corrida, natação ou dança. Mantenha-se ativo no dia a dia, evitando o sedentarismo”, orienta.

Foto: Alex Ribeiro

(Agência Pará)

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